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domingo, 31 de maio de 2015

A maternidade é difícil, mas poucos entendem o por quê




Não são as tarefas do dia a dia, de verdade: não são os cuidados com as crianças, ou se manter sã e saudável e todas essas coisas.

Não.

É a entrega, a entrega sem fim de si mesma.

Nunca deste tanto em tua vida!

Dás até que te doa e logo dás mais um pouco.

Dás ate que estejas raspando o fundo do poço para dar mais e logo diz a si mesma:

 -"Dei tudo o que tenho, todos os momentos, tudo que possuo. Cada parte egoísta de mim mesma entreguei".

E ainda assim, dás mais um pouco!

Entrega-se até que se sinta como se estivesse cortando pedaços de ti mesma.

Entregas até que te dá medo de não restar mais nada de ti.

Entregas até os pequenos tesouros que havias escondido com chaves e cadeado dentro de teu ser.

Dás, dás e dás!!!

Dás as 3h da manhã, quando estás cansada alucinando caminhar atravessando as paredes e terminas pondo o controle remoto no congelador

Choras e gritas:
- "Já não me sobra nada"

E logo dás mais um pouco.

E as pessoas dizem: "Bom, você escolheu isso, então não se atreva a reclamar".

E você tentar explicar-lhes que, sim, bem, sim, dói, sim, estás sangrando e se sente sozinha, mas você não mudaria nada.

E logo continua dando, enquanto lagrimas rolam em seu rosto.

Isso é o que faz com que a maternidade seja dura.

Não são as trocas de fraldas ou jantares agitados, é a entrega.

Chore se for necessário, distancie se por um momento, se puder, ainda que seja provável que não possas.

Talvez algum dia teu filho voltará a ti e dirá, " obrigada", porém o mais provável é que não o faça enquanto seja o seu turno de segurar um bebe inquieto que não pode se conformar às 2h da manhã ou uma criança que precisa de um abraço apesar de que você já nem suporte sua própria alma e ainda sejam às 4h da tarde.

continua, continua amando,

suporta a entrega,

esta é a maternidade!!!


Publicado originalmente e Compartilhado com a autorização de stuff mom say
http://www.stuffmomssay.com/2015/04/the-real-reason-motherhood-is-so-hard.html?m=1

E traduzido com autorização de Placentera http://www.placentera.com/postparto-y-lactancia/la-verdadera-razon-por-la-que-la-maternidad-es-tan-dificil


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sábado, 30 de maio de 2015

Escolhendo o tema da Festa de Aniversário Infantil

Em mais ou menos 3 meses espero celebrar o primeiro ano do meu bebê Théo e com isso passei a pensar como será essa comemoração. Vocês sabem que sou a "rainha" da criatividade com baixo custo, rs. Mas tenho motivos para isso, que obviamente não é só a falta de dinheiro e trabalho.

Vejo tantas mamães desesperadas atrás de temas para as fazer as festas de aniversário dos seus filhos, temas da moda, com exigências de um mercado e uma cultura consumista e massacrante. E o mais cruel é que nem sempre essas famílias tem condições de bancar uma comemoração com tudo o que se exige hoje em dia.


Estou me organizando para fazer um Pic Nic em um parque e assim comemorar o primeiro ano do meu bebê, preferencialmente sem temas de desenhos da moda ou regras consumistas. Sou daquele tipo de pessoa que evita gastar com coisas desnecessárias e vive desprovida de excessos, prezando os detalhes da vida. Por isso atrevo-me a dizer que sou minimalista.

Claro que eu gosto de conforto, claro que amo a tecnologia, lógico que não vou largar a civilização e ir viver em cavernas (o que não seria uma má ideia), mas trato de ser ponderada e não confundir tudo isso com luxo para gastar desenfreadamente. Afinal, tudo tem limite e são esses limites que quero ensinar a meu filho.

Sim, ele terá a oportunidade de vivenciar tudo, mas quero ensiná-lo a ter opinião crítica, não passiva e que assim ele possa enxergar além dos esteriótipos.

Ok, como saber se compramos algo DESnecessário?

Te respondo: - Quando logo após a compra, sentimos uma CULPA terrível e que nos dá desespero de imaginar a fatura do cartão chegando ou de ver a carteira vazia.

Você já deve ter parado para se perguntar o por quê isso acontece, mas daí o tempo passa, a vida segue, tudo volta ao normal e essa dúvida só surge mais uma vez quando você tem o mesmo sintoma novamente, não é verdade?



Somos bombardeadas diariamente por propagandas e essas propagandas sempre dizem a mesma coisa, que NECESSITAMOS COMPRAR PARA SERMOS FELIZES, se não tivermos (consumirmos) a roupa, o sapato, o celular, e isso e aquilo, não seremos felizes. E acreditamos nisso piamente, agimos por impulso e geralmente por não saber a diferença de preço, valor e principalmente o significado de consumismo, COMPRAMOS, COMPRAMOS e COMPRAMOS!!! E depois sentimos CULPA, porque no fundo sabemos que esses objetos não nos fazem felizes.

Vamos lá, antes de tudo quero te explicar a diferença de preço e valor:

- PREÇO é o que você paga para ter algo que você VALORIZA.

Entendeu?!

Por exemplo, você pode dar muito valor a algo e não ter condições de pagar o preço que se pede nele, mas você também pode ter dinheiro para pagar algo que não compra, porque não vê valor naquilo.

Você pagou o preço do seu celular, da sua roupa, sapato, carro,etc., porque tem valor para você. Não se deseja comprar algo que a nossos olhos não vale nada e o valor dado a tal objeto pode ser de vários seguimentos, como, sentimental, social, cultural, religioso, etc.

INFELIZMENTE o consumismo está em nossas vidas desde nossas infâncias, as crianças (nossos filhos) também são bombardeadas diariamente com propagandas voltadas para suas idades e que fazem um grande estrago, elas sempre dizem que as crianças só serão felizes se assistirem ao desenho tal, se tiverem os brinquedos da moda, se tiverem as roupas de tais marcas e por aí vai.

Em algumas ou na maioria das vezes acabamos cedendo aos desejos de compra, que são plantados nos corações de nossos filhos, porque também estamos nesse ciclo vicioso e inclusive somos massacrados por ele em nosso dia a dia, quando trabalhamos loucamente e o tempo que estamos afastados de nossos filhos,  e essas necessidades que não estamos ali para suprir em nossas rotinas tão exaustiva, deixamos na conta desses desenhos animados, brinquedos da moda, roupas de marca, celulares, tablet, computador e tudo que a modernidade pode oferecer.

Quando vemos essas propagandas, e internalizamos a mensagem recebida, passamos a dar VALOR  aos produtos oferecidos e por isso, custe o que custar, pagamos o PREÇO dele.


Mas aí você me pergunta, e se eu afastar meu filho dessa rotina, como será? Ele não terá condições de viver socialmente, será excluído da convivência com amiguinhos.

Não, não precisa colocar seu filho em uma redoma de vidro, mas você pode oferecer e ensinar outros VALORES para ele, ao invés de deixá-lo vidrado na frente da televisão, smartphone ou computador, procure sair para um parque, procure brincar, procure estimular sua criatividade, brinque de desenhar de pintar, de produzir com recicláveis, de fazer dobraduras (origami), de bola, de pega pega, e tudo que a criatividade pode proporcionar.  A tecnologia pode e deve ser usada, mas de maneira que seja algo construtivo e não deixem nossas crianças passivas.

O que estou te dizendo é: NÃO seja escrava e não torne seu filho escravo do consumismo, não VALORIZE coisas supérfluas e assim vocês terão muitas opções de celebrar a vida e todos os aniversários de seu filho sem que ele ou você se sintam pressionados ou necessitados de fazer uma super festa de aniversário, do tema do desenho X ou Y, sem que ele te exija o brinquedo, a roupa ou o smartphone tal, para ser feliz.
Valorize (coloque VALOR) no amor e carinho que vocês têem para oferecer um para o outro e que esse seja realmente o bem maior na vida de vocês, cujo não faça falta a festa com tema do super herói ou da princesa ;).



Em breve vou compartilhar os detalhes do aniversário de meu bebê para que vocês possam ter ideias legais e econômicas.

Espero que tenham gostado do assunto, Beijos...

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terça-feira, 19 de maio de 2015

Conselho Regional de Psicologia de SP apóia Doulas e Parto Humanizado

PARCEIRAS DO PARTO HUMANIZADO

Esse foi o tema que fez meu coração pular de alegria ao ler a revista Psi - que nós psicólogos recebemos do Conselho Regional de Psicologia de São Paulo - folheando a mesma, encontrei uma matéria falando sobre Parto Humanizado e obviamente fiquei encantada em saber que o CRP tem se interessado por esse tema, a ponto de passar informações valiosíssimas aos psicólogos,  através dessa revista. E pelo conteúdo da matéria, notei que são informações completas e longe de falácias.

Amo trabalhar com crianças e desde minha gestação me fascinei também por toda a ideia de respeito a mulher e ao bebê, desde a gestação, até no trabalho de parto, parto e puerpério. Consequentemente passei a devorar informações de evidências científicas e psicologia, que abrangem esse meio. Com isso busquei também uma forma de apoiar mamães que passam por todo esse processo.

Não sei se posso chamar assim, mas digamos que me tornei uma "PsicoDoula virtual" de pré parto e pós parto" (em alguns casos presencial, para auxiliar com amamentação).
Também escrevo neste blog, apoio, acolho e informo mamães em minha fanpage e grupo que administro no Facebook.

E foi nesse "nicho" da psicologia que "me encontrei", mas ainda sou "filhote". Rs!

Como citei, meu trabalho está só no começo, tenho vontade de ir mais longe. Pode não parecer, mas além de ser lindo, o trabalho é árduo, quando se está em um país como o Brasil, onde esse tipo de trabalho é remar contra "a cultura" (leia-se cultura cesarista e endeusamento médico). Confesso que em alguns momentos penso desistir, virar hippie e ir vender pulseirinhas na praia. hahahaha
E tenho quase certeza que esse sentimento também passa pelo coração de muitas Doulas e profissionais do parto humanizado.

Maaaas, no meu caso e suponho que de muitas doulas, afortunadamente sempre acontece um reforço para me manter neste comportamento de insistência no empoderamento da mulher e um destes, neste exato momento, é o apoio do Conselho Regional de Psicologia de SP.

Enfim, a revista explica quem é a DOULA, o trabalho de doulagem, qual a importância da mesma e diz que psicólogas têem se interessado muito por essa profissão.

Sempre achei que ser Doula é basicamente, (por muitas vezes) fazer um trabalho terapêutico e  que tem tudo a ver com a psicologia.

Sou a favor do Parto Humanizado, aquele que a mulher tem o direito a informações e escolha de como deseja parir. E acima de tudo que ela tenha o direito de parir dignamente, com carinho e respeito que merece, em um momento que se exige tanto dela e do bebê.

A presença de um acompanhante durante o trabalho de parto, faz toda a diferença para a parturiente que esta em um momento tão vulnerável, ainda que ela tenha um companheiro neste momento (que obviamente é muito importante e valioso), pode ficar mais aconchegante quando também se tem uma doula por perto.

A doula em todo o processo gestacional pode apoiar e acolher a gestante que está com muitas dúvidas, que precisa de informação, apoio e acolhimento.

O vinculo criado entre elas durante esse momento gestacional, favorece toda confiança durante o trabalho de parto e faz com que a parturiente se sinta mais acolhida e menos ou nada preocupada com detalhes que a doula está ali para servir, com carinho e respeito. Seja em uma massagem, seja em uma dica de posição, seja em cumprir um desejo que a mulher tem e foi relatado em seu plano de parto e até mesmo com apoio no pós parto para lidar com o puerpério e amamentação.

Espero que muitas mulheres se tornem doulas, mas acima de tudo que psicólogas se tornem doulas, que muitas doulas se tornem psicólogas, que muitas doulas continuem sendo doulas com apoio das psicólogas, que muitas psicólogas continuem sendo psicólogas com apoio de muitas doulas e que sigamos apoiando umas as outras, profissionalmente e humanamente.

MAIS SORORIDADE, MUITA OCITOCINA NATURAL, MAIS AMOR, MAIS REFORÇO POSITIVO, MAIS DOULA E MAIS PSICOLOGIA A TODAS NÓS.

GRATIDÃO!!!





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